quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

hoje o dia amanheceu mais triste

niemeyer exerceu a profissão com maestria. e, embora a crítica possa - e deva - ser feita, foi um artista de uma sensibilidade ímpar e de uma visão de sociedade fantástica! 
niemeyer foi em grande parte responsável pela projeção da arquitetura brasileira no cenário internacional. foi o primeiro pritzker prize do brasil (só dois arquitetos brasileiros conseguiram receber o prêmio - que é uma espécie de oscar da arquitetura: niemeyer e, recentemente, paulo mendes da rocha). trabalhou com o concreto como ninguém. se vai, mas os resultados de suas obras ficam. descanse em paz, oscar.


“... havia um terreno para os lados da iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do oscar. cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do museu do ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do oscar. mais tarde, num aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da iguatemi. desse modo, a casa do oscar, antes de existir, foi demolida...”, conta chico buarque.

“... 
regressei a são paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe. mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do oscar. depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de tom Jobim. quando minha música sai boa, penso que parece música do tom Jobim. música do tom, na minha cabeça, é casa do oscar.”


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